A formação Templária

Quando o primeiro Grão-Mestre Hugo de Payns e outros oito Cavaleiros se instalaram em Jerusalém, dando início à Ordem dos Cavaleiros Templários não foi por acaso e nem poderia ser ter a mesma sido criada por esse grupo. Foram nove Cavaleiros, porque nove é o múltiplo de três e o três representa a Trindade Santa e o número dez simboliza Deus, visto que quando se corta o zero do dez, fica apenas o Um. A Unidade Única. O Criador. A busca dos nove Cavaleiros era pelas cousas de Deus, assim, deu-se início à Ordem e desde então esta tem sido a busca dos Templário sem todo o mundo, exceto daqueles que se fantasiam como um. A busca do Templário deve ser a busca pelo Graal.

A cabala e sua numerologia estudada pelos Monges Cavaleiros na Idade Média e hoje pelos fieis Soldados de Cristo garantem que da mesma forma não foi por acaso que o início da Ordem se desse em 1118. Se somados os números dá onze e se retirado dos onze o número de fundadores encontraremos o dois, que também representa a quantidade de séculos de sua existência. Coincidência?

Da mesma forma, que apesar de ter sido preso em 1307 o Grão-Mestre Jacques de Molay teve sua morte em 1314. Se somarmos os números encontraremos novamente o número nove, o que simboliza que a partir dali todos deveriam concentrar ainda mais suas energias em busca de Deus, tornando-se desta forma as conquistas materiais de menor valor.  O acaso não existe no ocultismo Templário.

Desde os seus primórdios a Ordem sempre obedeceu a uma hierarquia, e assim cresceu de forma geométrica em busca do topo da pirâmide Espiritual, pirâmide esta que mais uma vez nos reporta ao nove visto que o múltiplo de três é este número e o topo é onde se encontra Deus, cercados de Seus Anjos de Luz.

Deve sempre o Templário lembrar que tudo na vida obedece a vontade de Deus.

O mundo tem passado por grandes transformações e turbulências. Temos visto “pipocar” pelos quatro cantos da terra guerras, conflitos, fome, desequilíbrios dos mais diversos. Diz as Escrituras que quando isso estivesse ocorrendo deveriam os homens se preparar, pois, estava próximo da vinda do Filho de Deus para o grande acerto e a separação do joio do trigo.

Vivemos em um momento em que a humanidade busca em sua grande maioria por medo ou insegurança, se agarrar consciente ou inconscientemente a alguma crença ou religião, em busca da salvação. Desta forma, muitos aproveitadores estão sendo beneficiados por esta necessidade coletiva, comercializando a fé, a religião e até o reino de um “deus” criado por eles mesmos, pois o verdadeiro Reino de Deus nunca esteve a venda, lá se chega através do renascimento. Disse Jesus: “O reino de Deus está dentro de vós”.

A Ordem dos Cavaleiros Templários atuou de forma importante no período Medieval, deixando para a humanidade importantes conhecimentos e saberes, os quais muito contribuíram para a transformação da humanidade. Tais saberes foram adquiridos pelos Irmãos Maiores através de seus estudos, pesquisas e acima de tudo orientação espiritual por meio do Espirito Santo. Nada foi dado por acaso, tudo demandou trabalho e dedicação.

Hoje no meio de todo esse conflito de necessidades e abusos, levantam-se novamente o Beauseant, o estandarte da Ordem, seguido por seus Cavaleiros, que não trazem a espada em punho como muitos acreditam e pregam, mas, os saberes esotéricos, divinos e ocultos, afim de que o homem compreenda melhor que o Reino de Deus está dentro dele próprio e que para consegui-lo é preciso “garimpar” em seu interior removendo as impurezas, para que a pedra deixe de ser bruta e mostre o seu brilho intenso.

A Ordem não é a espada na mão do guerreiro e nem o manto branco nos ombros dos que buscam a sua glória pessoal, é muito mais. É o trabalho pelo renascimento, pelo crescimento espiritual, pelo fortalecimento do Monge, visto que o Monge é quem pode salvar o homem de seus fantasmas e distúrbios e não a espada.

Eram os Monges da Ordem, o Grão-Mestre e seus fies companheiros, os freis, frades e capelães que indicavam o caminho sagrado a seguir e assim permanece sendo até os dias de hoje. Muitos lugares sagrados que concentram energias divinas foram adquiridos pela Ordem para que fossem resguardados da violação dos profanos. Muitos daqueles locais naquele momento pareciam “insignificantes”, mas, posteriormente, em muitos deles aconteceram aparições Marianas, bem como em muitos foram construídas várias catedrais Góticas do Velho Mundo.

Hoje os Templários que seguem as antigas tradições buscam seguir os rastros de seus antepassados, as mesmas regras e normas, afim de cumprirem com a missão a eles destinadas. Sabem que as “pompas”, só interessam aos profanadores do Templo e que os mistérios só são e serão revelados aos que “são dignos de conhece-los” como assegurou o próprio Mestre Jesus Cristo. É preciso trabalhar incessantemente para ser um fiel Soldado do Cristo.